quarta-feira, 28 de maio de 2014

Agentes da BHTrans sugerem linha que ligue estação do BRT da Pampulha à Região Hospitalar

Quarenta mil novos passageiros ingressaram ontem ao BRT/Move na Pampulha, aumentando para 77 mil usuários por dia no trecho Antônio Carlos. Eles deixaram de usar 11 linhas do antigo sistema e migraram para oito alimentadoras, lotando as plataformas e ônibus da estação na segunda fase de implantação do sistema na região. Com isso, agentes de campo da BHTrans, que trabalham na Estação Pampulha, sugeriram a criação de uma linha troncal que ligue o terminal à região hospitalar sem parar nos pontos do corredor exclusivo da Avenida Antônio Carlos. Segundos os agentes, a demanda para os hospitais é muito grande e fica difícil embarcar nas estações de transferência ao longo do trajeto.
Agentes informaram ainda que a terceira fase do Move na Antônio Carlos está marcada para o dia 12 de junho, com uma linha troncal para atender a região da Savassi. A nova configuração obriga as linhas 50 (Centro) e 51 (hospitais) a operarem com intervalos que chegam a apenas um minuto de diferença em alguns horários.
Mais uma vez a principal reclamação dos usuários foi a falta de informações. Porém, diferentemente da primeira etapa, mais funcionários da BHTrans estavam disponíveis para auxiliar os passageiros e a sinalização começa a melhorar, com placas definitivas. Outro problema foram as filas nas bilheterias. Sem o cartão integração, é necessário descer das alimentadoras e comprar um bilhete unitário complementar antes de passar pelas catracas. Repetindo a segunda-feira de estreia do Move na Antônio Carlos, houve reclamação do serviço das alimentadoras. Por fim, a superlotação, mais uma vez, foi alvo de protestos. “Estamos percebendo que se tivermos uma linha troncal até os hospitais sem parar na Antônio Carlos a viagem pode demorar menos. Além disso, os ônibus podem rodar mais vazios”, disse um agente, que preferiu não se identificar.
A operadora de telemarketing Márcia Mendes Rodrigues, de 27 anos, se adiantou e fez o teste no Move sábado, para aproveitar o movimento mais tranquilo. Ontem, ela orientou a mãe, que também é passageira do novo sistema e queria ir à região hospitalar. Ambas usavam a linha 2211A, que ligava o Bairro Campo Alegre, Norte, ao Centro. “Achei que houve prejuízo da nova linha alimentadora. Antes, nosso ônibus ia para o Centro de 20 em 20 minutos. Agora, passa de meia em meia hora para a estação”, afirma Márcia. Para ir aos hospitais, a mãe de Márcia, Maria Rodrigues Teixeira, de 50, empregada doméstica, ia pegar a linha 51 pela primeira vez. “Vamos ver como que fica, a ajuda da minha filha foi importante para saber o que fazer. Ainda está tudo meio confuso”, diz ela.
A assessora pedagógica Cássia Nascimento, de 41, deixou de usar a Linha 2211B, que levava os moradores do Bairro Planalto, Norte de BH, ao Centro da capital. “Gastava em torno de 35 minutos nesse trajeto. Hoje (ontem) já gastei 35 minutos sem nem pegar o ônibus que vai para o Centro”, reclama. Ela argumenta que foram 10 minutos na fila para comprar o bilhete, o que complicou o deslocamento mais rápido. O técnico em enfermagem Cristiano Nonato, de 36, acabou perdendo tempo na fila para comprar o complemento da viagem no BRT, mas não se abalou. “No início é assim, não tem jeito. Agora, tenho que comprar o cartão para fazer a integração mais rápido”, afirma.
Monitoramento
A BHTrans informou que monitora permanentemente a demanda das linhas existentes ou a necessidade de criar ou adaptar seus itinerários. As linhas, segundo a BHTrans, são monitoradas de forma presencial e eletrônica para identificar a necessidade de reforço ou aperfeiçoamento do trajeto. “As linhas troncais já operaram ontem com o reforço previsto para a segunda etapa no corredor Antônio Carlos”, informou, por meio de nota. Disse ainda que foi ampliado o número de guichês por conta da demanda nas bilheterias.
Turista perdido na estação
Em meio ao tumulto gerado pela inauguração recente da Estação Pampulha e pela implantação da segunda fase do Move no terminal, um homem chamou a atenção na manhã de ontem. O turista João Teixeira Queiroz Mendes, de 51 anos, veio de Portugal com a mulher e o filho conhecer o Brasil e se aventurou pela estação. Porém, como não estava interessado em seguir ao Centro ou aos hospitais, ficou desorientado. “Quero ir ao Jardim Zoológico. Como faço para chegar até lá? Estão me mandando ir até a Avenida Augusto de Lima, para pegar o ônibus da linha 3302”, afirmou ele, indignado, já sabendo que o zoológico fica próximo à estação.
Ele estranhou muito o fato de um agente da BHTrans ter sugerido que ele fosse até o Centro para depois voltar à Pampulha. “Você saberia me dizer o que podemos fazer para chegar mais rápido ao zoológico?”, questionou, durante a conversa. Na primeira tentativa, outro servidor repetiu a orientação anterior. Na segunda, outro funcionário conseguiu resolver o problema. “Basta ele pegar uma das alimentadoras que vai para o Céu Azul e descer na Avenida Portugal. Ali, ele estará a um quarteirão da orla da lagoa, onde pode entrar no ônibus que vai ao zoológico.
Diametral extinta
A segunda fase na Antônio Carlos promoveu a primeira extinção de uma linha diametral, que liga dois bairros. A 1207 (Betânia/ Santa Mônica) foi substituída por uma alimentadora, que vai do Santa Mônica (Venda Nova) à Estação Pampulha; uma troncal, da estação ao Betânia (Oeste); e três radiais, do Betânia ao Centro. Com a saída de circulação do 1207, as três radiais são a 2033(Betânia/Centro), 2034 (Conjunto Betânia/Centro) e 2035 (Bairro das Indústrias/ Centro). A nova troncal é a 5250 (Estação Pampulha/ Betânia) e as alimentadoras 619 (Pampulha/Santa Mônica via Santa Branca) e 620 (Pampulha/Santa Mônica via Santa Amélia). 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

BHTrans anuncia início da operação do Move na Avenida Antônio Carlos

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) anunciou, nesta terça-feira (13), que o Move passa a circular na Avenida Antônio Carlos a partir deste sábado (17). O corredor faz a ligação entre a área central da cidade ao Mineirão e ao Mineirinho.
Mesmo em obras, a Estação Pampulha vai começar a operar com três linhas troncais, que vão integrar o novo sistema de transporte da capital, utilizando uma frota de cerca de 50 ônibus articulados. A expectativa é que, nos dias úteis, 40 mil usuários sejam atendidos nesta fase.

A linha 50 (Estação Pampulha/Centro - Direta) tem como destino o Centro, sem fazer paradas ao longo do trajeto. Já linha 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais) vai parar nas estações de transferência da Antônio Carlos e do Centro, além dos pontos de embarque e desembarque na área hospitalar. A linha 52 (Estação Pampulha/Lagoinha) vai até a Lagoinha, de onde retorna à Estação Pampulha.


Na área central, as linhas 50 e 51 vão operar nas estações Carijós, na Avenida Paraná, e Rio de Janeiro, na Avenida Santos Dumont. A Estação Rio de Janeiro será também o novo ponto de embarque e desembarque na Avenida Santos Dumont dos usuários da linha 83P (Estação São Gabriel/Centro – Paradora). Com isso, será permitida a integração entre as linhas dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado.
As linhas 2215 A, B, C e D, que hoje atendem ao bairro Céu Azul, serão transformadas em alimentadoras. Os usuários terão à disposição as novas linhas 614 (Estação Pampulha/Céu Azul A), 615 (Estação Pampulha/Céu Azul B) e 616 (Estação Pampulha/Céu Azul C). Além disso, a linha 2213 (Trevo via Garças) será substituída pela alimentadora 510 (Estação Pampulha/ Trevo via Garças), enquanto a linha 2212A (Jardim Atlântico) será atendida pela linha alimentadora 645 (Estação Pampulha/Santa Mônica via Jardim Atlântico). As linhas 2212B (Jardim Leblon) e 2212C (Copacabana via Monte Carmelo) serão substituídas, respectivamente, pelas alimentadoras 618 (Estação Pampulha/Jardim Leblon) e 643 (Estação Pampulha/Copacabana via Monte Carmelo).

Atraso

O Move passa a operar na Avenida Antônio Carlos depois de, pelo menos, cinco adiamentos. Inicialmente, a expectativa era que usuários contassem com o serviço na avenida já em março de 2013. Em fevereiro deste ano, a previsão era que o serviço estivesse implantado no mês passado.

Durante anúncio da terceira fase do Move na Avenida Cristiano Machado, em 23 de abril, o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, reconheceu que os trabalhos na Estação Pampulha ainda precisavam avançar. Às vésperas da inauguração do terminal, ainda faltam ser concluídos o estacionamento, o restaurante, as áreas destinadas a ônibus de turismo e sinalizações para passageiros.


Custos

De acordo com dados divulgados no site da Prefeitura de Belo Horizonte, na seção Transparência Copa 2014, os investimentos no BRT Antônio Carlos/ Pedro I, Área Central e Avenida Cristiano Machado foram estimados em R$ 822 milhões e até o momento foram gastos R$ 735,54 milhões. A implantação do sistema inclui obras complementares, como a adequação viária no Corredor Pedro II, e também a expansão da Central de Controle de Trânsito, que consiste em ações de modernização de equipamentos, com valores previstos de R$ 200,09 milhões.
Em Belo Horizonte, quatro consórcios - de nomes Pampulha, BHLeste, DEZ e Dom Pedro II - operam o transporte público, incluindo linhas tradicionais e do BRT-Move. Eles foram definidos em concorrência pública em 2008 e tem a concessão do serviço por 20 anos, de acordo com a BHTrans.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), as concessionárias investiram R$ 290 milhões, sendo R$ 50 milhões em tecnologia, para a aquisição de 428 ônibus.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Cartões BHBUS do Serviço Executivo para o jogo Cruzeiro x San Lorenzo serão vendidos até quarta-feira, 14/5

Em virtude do jogo Cruzeiro X San Lorenzo, que será realizado no Mineirão, quarta-feira, dia 14/5, às 22h, será disponibilizado o serviço especial dos ônibus executivos. Os cartões BHBUS para o serviço estão à venda até quarta-feira, dia 14/5, das 8h às 17h, no Posto Transfácil da Savassi (Rua Professor Morais, 216). Os usuários pagarão R$ 15,80 (ida e volta) e poderão usufruir do transporte confortável em ônibus com ar condicionado, TV e Internet (Wi-Fi). Os ônibus seguirão pela busway da Avenida Antônio Carlos, sem paradas no trajeto da Savassi até o Mineirão, o que garantirá agilidade nas viagens. O torcedor poderá reutilizar o cartão, fazendo a recarga dos créditos.

Não haverá venda de bilhetes no local de embarque. O serviço da Linha Executiva não contará com a gratuidade. Apenas crianças menores de cinco anos, no colo, poderão viajar gratuitamente.

Serão disponibilizados 11 ônibus executivos para o serviço.

Saída - Rua Paraíba, entre Rua Antônio de Albuquerque e Avenida Getúlio Vargas. As partidas acontecerão às 20h, 20h30 e 21h.

Retorno após o jogo – Avenida Antônio Abraão Caram, entre Avenida “C” e portaria da UFMG, sentido Avenida Antônio Carlos. Os embarques iniciarão 30 minutos após o fim da partida.


Serviço Especial do Transporte Coletivo Convencional

Haverá ainda reforço na oferta de ônibus do serviço convencional na Área Central. O serviço especial de transporte coletivo convencional também irá operar com uma frota de 8 ônibus, que sairão da Rua Rio Grande do Sul, entre ruas Tamoios e Tupis, a partir das 19h. O preço da passagem é R$ 2,85 e o pagamento poderá ser feito também com o Cartão BHBUS
 

Agentes da Unidade Integrada de Trânsito irão operar o tráfego na região e nos principais corredores de acesso ao estádio.
 

A BHTRANS orienta que os torcedores utilizem, preferencialmente, o transporte coletivo. Além do serviço especial, as seguintes linhas do transporte coletivo também atendem ao Mineirão:
 

- 2004 (Bandeirantes /Pilar via Olhos D’água); 
- 5401 (São Luiz /Dom Cabral);
- 64 (Estação Venda Nova /Santo Agostinho via Carlos Luz );
- Circulares 503 e 504 (Santa Rosa /Aparecida /São Luís);
- Suplementares 51 e 52 (Circular Pampulha), 53 (Confisco /Pampulha /São Gabriel), 54 A e 54 B (Dom Bosco /Shopping Del Rey );

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte pega passageiros de surpresa

Muitos passageiros de ônibus de Belo Horizonte foram pegos de surpresa neste sábado, dia 10 de maio de 2014, com o aumento nas tarifas.
Os novos valores são:
  • Linhas diametrais, semi-expressas, radiais, perimetrais e troncais: de R$ 2,65 para R$ 2,85
  • Linhas circulares e alimentadoras: de R$ 1,90 para R$ 2,05
  • Linhas de vilas e favelas: de R$ 0,60 para R$ 0,65
  • Tarifa integrada com o metrô: de R$ 2,65 para R$ 2,85
  • Serviço Executivo – linhas curtas: de R$ 4,00 para R$ 4,35
  • Serviço Executivo – linhas longas: de R$ 5,00 para R$ 5,40
A surpresa ocorreu porque o reajuste foi aplicado depois de uma decisão judicial da última quinta-feira dia 08 de maio, quando a 4ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte negou ação do Ministério Público contra o aumento das tarifas.
A prefeitura de Belo Horizonte chegou a anunciar o aumento das passagens para o dia 06 de abril. Mas no dia 04 de abril, o Ministério Público conseguiu barrar o reajuste nos valores. Essa decisão foi revertida no dia 08 de maio.
O órgão alega que os custos do sistema devem ter ser melhor estudados. O Ministério Público contesta a auditoria da empresa Ernest & Young que apontou a necessidade do aumento principalmente depois dos investimentos das viações no novo sistema de corredores MOVE BRT.
A Ernest & Young também foi contratada pela prefeitura de São Paulo, por R$ 4 milhões, para auditar as contas do sistema da Capital Paulista.
O Ministério Público em Minas Gerais promete recorrer da decisão que autorizou o reajuste.
Segundo os promotores, a auditoria não teve acesso a todos os dados necessários e planilhas das empresas de ônibus e usou valores genéricos de mercado.
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

8101 - Santa Cruz/Alto Santa Lúcia





sexta-feira, 9 de maio de 2014

Caio fornece 262 ônibus para o BRT MOVE BH


A encarroçadora de ônibus Caio/Induscar divulgou nesta quarta-feira, dia 07 de maio de 2014, que a quantidade de veículos da marca fornecido para o sistema de corredores de ônibus BRT MOVE BH, de Belo Horizonte, em Minas Gerais, é de 262 unidades.
De acordo com a fabricante, deste total, 163 veículos são de carroceria Caio Millennium BRT que foi adaptada para chassis com motor dianteiro.
Os ônibus são para as linhas alimentadoras do sistema.
“Como o motor dianteiro é padrão em Belo Horizonte, devido ao relevo, a encarroçadora Caio Induscar desenvolveu o Millennium BRT alimentador para o motor dianteiro, especialmente para atender às necessidades da cidade, equiparando as tecnologias oferecidas pelas carrocerias com o sistema utilizado. Foram feitas as adaptações necessárias no projeto, sem alterar as característicasdo produto como agilidade, design moderno, conforto e segurança.” – disse a Caio em nota à imprensa especializada em transportes.
Originalmente, o modelo Caio Millennium BRT foi projetado para plataformas com motor traseiro.
Os outros 99 ônibus são Caio Millennium BRT articulados. Os veículos possuem piso alto para atender às estações nas linhas principais dos corredores cujos embarques e desembarques são feitos no mesmo nível do assoalho dos ônibus, aumentando a acessibilidade não só para quem porta necessidades especiais, mas para todos os passageiros.
A Caio destaca na nota, os principais diferenciais dos modelos:
“Todas as unidades possuem ar condicionado, sistema multiplex (comando de todo o sistema elétrico da carroceria), poltronas dos passageiros estofadas erampas para acessibilidade em locais de embarque misto. Algumas carrocerias contam também com elevador e chassi com suspensão pneumática. As portas são outro diferencial dos veículos, umas adequadas às linhas diretas, que são compostas apenas por corredores, e outras para linhas operadoras, que mesclam plataformas e guias normais:os ônibus possuem duas ou quatro portas envolventes no nível do piso no lado esquerdo e portas pantográficas ou foles no lado direito.”
Algumas unidades já estão circulando.

Fonte: Onibus Brasil

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Nova distribuição das linhas alimentadoras na Estação MOVE São Gabriel

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTRANS, informa que a partir de sábado, dia 5/4, será realizada adequação na distribuição das linhas alimentadoras na Estação São Gabriel. A mudança visa melhorar a organização das linhas nas plataformas e facilitar o acesso para os usuários.
Haverá sinalização especial na Estação de Integração MOVE São Gabriel e equipes do Posso Ajudar, monitores e agentes da BHTRANS orientam os usuários. A empresa alerta para que os usuários da Estação MOVE São Gabriel redobrem a atenção à sinalização implantada.
LINHAS MOVE - A mudança não terá impacto nas linhas do MOVE, 82, 83D e 83P. 
   

NOVA LOCALIZAÇÃO DAS LINHAS ALIMENTADORAS


702 - Plataforma D
703 - Plataforma C
705 - Plataforma D
706 - Plataforma D
709 - Plataforma D
711 - Plataforma C
713 - Plataforma C
715 - Plataforma C
716 - Plataforma C
807 - Plataforma B
808 - Plataforma A
809 - Plataforma B
810 - Plataforma B
811 - Plataforma B
812 - Plataforma A
823 - Plataforma A
836 - Plataforma B
837 - Plataforma B


sábado, 3 de maio de 2014

Jovem cria site que reúne reclamações sobre o transporte público em BH

Indignado com os problemas enfrentados diariamente pelos usuários do transporte público em Belo Horizonte, o programador Luiz Felipe Pedone, de 26 anos, decidiu criar um espaço onde é possível publicar reclamações sobre os coletivos. Ele fez um site, batizado como "Não Move", no qual os passageiros podem compartilhar experiências ruins e críticas ao sistema de transporte.
"Eu uso o transporte público de Belo Horizonte e passo um bocado de raiva com ele", diz Pedone. Segundo o programador, a ideia de criar o "Não Move" surgiu durante o feriado da Semana Santa, quando ele ficou esperando o ônibus por mais de uma hora até conseguir voltar para casa, depois de visitar a namorada. Na época, Pedone registrou uma reclamação na BHTrans, mas decidiu criar o site para deixar a situação registrada e ajudar a criar um mapa das condições do transporte público na capital.
Segundo o programador, qualquer pessoa pode fazer sua reclamação, deixando o nome e um endereço de e-mail, que não será divulgado. Ao acessar a página, o passageiro encontra um formulário onde é possível selecionar a linha onde ocorreu o problema, o tipo de queixa e, ainda, deixar um comentário sobre a experiência. De acordo com Pedone, à medida que as reclamações são registradas, vão sendo geradas estatísticas que permitem identificar qual é a linha campeã de reclamações e, também, a que recebe menos avaliações negativas.
Por enquanto, o "Não Move" ainda está em fase de desenvolvimento e só é possível registrar reclamações relacionadas aos ônibus que circulam em Belo Horizonte, mas Pedone conta que pretende expandir o serviço para as linhas metropolitanas o mais rápido possível. Além disso, ele não descarta incluir um espaço para que a BHTrans responda os usuários.
"A ideia do site é ajudar e fazer alguma coisa para a gente tentar melhorar o transporte público", conta Pedone. Além do site, o "Não Move" está no Facebook, no Twitter e no Google +.

VI Conferência Pública de Política Urbana discute mobilidade em BH

A IV Conferência de Política Urbana realizou na noite desta terça-feira (29) um debate sobre a mobilidade urbana, que discutiu a necessidade de novas propostas que solucionem a deficiência do transporte público da Capital e região metropolitana de Belo Horizonte.
Participaram o ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG), Osias Baptista Neto e a professora de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), Regina Maria Meyer.
A professora Regina criticou as soluções para a mobilidade na cidade apresentadas na Conferência. "Não vi nenhuma proposta definitiva, cada modo de ação apresenta um sistema distinto", afirma a professora, que trouxe à discussão exemplos da cidade de São Paulo.
De acordo com ela, A capital paulista busca soluções em transporte desde a década de 50, com a substituição de bondes por ônibus, que entravam nos bairros. "A ideia é uma cidade em que o cidadão não precise escolher o trajeto, mas sim saiba que o transporte público pode levá-lo mais longe", afirma.
O professor Baptista Neto alertou para o problema de Belo Horizonte, onde muitos carros dividem um espaço restrito. "É como compactar dados virtuais: não é possível alargar mais as vias, a questão é 'compactar' os usuários em trens, metrôs e ônibus, mas isso só vai acontecer quando o transporte público melhorar" diz o professor, que afirma que cada carro ocupa um espaço de 25m².
Questionado a respeito do Move, nome dado ao BRT da capital, o professor disse que ainda é cedo para avaliar o sistema, mas que o mesmo já representa uma inovação no transporte público de Belo Horizonte, ao trazer um corredor exclusivo para os ônibus do sistema.