sábado, 24 de agosto de 2013

Clássico ônibus Flecha Azul da Cometa retorna às estradas brasileiras

A Viação Cometa S.A. é uma das empresas de ônibus com mais tradição no Brasil. Possui linhas no Estado de São Paulo e para várias regiões do país. A linha mais tradicional, São Paulo/Rio de Janeiro, foi encampada em 2002 pela Expresso do Sul, uma empresa semi-coligada do novo grupo controlador da Cometa: Grupo JCA. A aquisição começou em dezembro de 2001 e, além de mudanças nas linhas, resultou numa mudança total na frota e na pintura, que passou a contar com novas cores mais vivas, nova logotipia e a foto do Cometa Halle Bopp. O grupo não comprou a fábrica de carrocerias da Cometa, a CMA. (Cia.Manufatureira Auxiliar) fabricante de carroçarias para ônibus rodoviários.
A história da Viação Cometa começa em 1937. O aviador italiano Major Tito Mascioli decidiu morar no Brasil definitivamente após chegar ao país pela primeira vez tripulando uma esquadrilha composta por 14 aviões Savoia Marchetti da Aeronáutica Italiana. Ele se tornou cunhado do agrimensor Arthur Brandi que, em 1937, fez um loteamento na região do bairro do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo. A distância da região central de São Paulo impediu um sucesso maior das vendas. Então, Mascioli decidiu, através de concessão pública, criar uma linha de ônibus urbanos entre o Jabaquara e a Praça da Sé, no centro da cidade de São Paulo. A empresa inicialmente se chamava Auto Viação Jabaquara S.A. O empreendimento do ramo de transporte foi até melhor sucedido que o do ramo imobiliário. A Auto Viação Jabaquara chegou a ser responsável por quase a metade de todo o transporte coletivo da cidade de São Paulo. Em 9 de março de 1947 foi criada a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos, que acabou pegando as linhas da Auto Viação Jabaquara. Mesmo Mascioli trabalhando como Tesoureiro na CMTC, ele não recebeu indenizações pelas linhas de ônibus apropriadas pela empresa pública. No mesmo ano, ele comprou uma empresa de ônibus existente desde 1943, a Empresa Auto Viação São Paulo-Santos Ltda, e em 1948, o nome da companhia foi mudado para VIAÇÃO COMETA S.A., inspirados na logomarca da Auto Viação São Paulo – Santos Ltda, um cometa em forma de estrela cadente.
Em 1950, iniciava atuação no transporte coletivo da cidade de Campinas, interior de São Paulo, através da subsidiária C.C.T.C. (Companhia Campineira de Transporte Coletivo). A empresa teve atuação nas principais linhas da cidade, sendo inlusive a encerrante da operação dos bondes na metrópole do interior paulista. Deixou as operações em Campinas em 1988, com média de 1200 funcionários, e suas linhas foram divididas entre VCG – Viação Campos Gerais, TUCA – Transportes Urbanos Campinas, e VBTU – Viação Bonavita de Transporte Urbano.
Devido ao desenho de um cometa que já fazia parte da pintura da Viação São Paulo-Santos, sugerindo rapidez no transporte, e também pelo fato de a empresa já não mais fazer apenas a linha entre a Capital Paulista e o Litoral Sul do Estado, Mascioli decidiu mudar o nome da empresa para Viação Cometa. O curioso é que a cor padrão da empresa, azul e bege, foram inspiradas por Mascioli num jogo de porcelana no qual ele e a esposa tomavam os chás da tarde na Europa. Desde a Viação Jabaquara, o italiano dizia que os ônibus dele teriam a mesma cor do jogo de chá.
Compra de empresas
O crescimento da Viação Cometa se deu através da compra de empresas de ônibus e linhas já existentes.
  • Em 8 de junho de 1949 incorpora a Expresso Bandeirantes Viação S.A, extinguindo este nome.
  • Em 2 de outubro de 1950 compra a Rápido Serrano Viação S.A. e mantém o nome para algumas linhas
  • A partir de 1950 cria linhas novas “S.Paulo – Campinas”, “S.Paulo – Jundiaí” e “S.Paulo – Sorocaba”
  • Em 8 de dezembro de 1951 cria a primeira linha interestadual, SP – RJ, pela recém construída Rod.Pres. Dutra.
  • Em 1954 é obrigada a aumentar a frota da linha “São Paulo – Rio de Janeiro” e compra 30 ônibus norte-americanos GM Coach modelo PD-4104, considerados inovações para época, já que contavam com motor de 211 cavalos, carroceria de alumínio, suspensão a ar e ar condicionado.
  • Em 1961 inicia a operação de São Paulo para Curitiba, capital do Paraná, utilizando na frota ônibus GM PD-4101 e PD-4103, vulgos Lagartão e Imperial, remanescentes de uma compra de ônibus feita junto à Expresso Brasileiro de Viação Limitada (EBVL). No mesmo ano, tem início a parceria com a Scania, atráves da aquisição de um chassi B-71 importado para testes.
  • Em 1964 surgem os Papo Amarelos, encarroçados pela Ciferal, com chassi Scania B-75. Dois anos mais tarde, figuram como carros novos na frota da empresa os Flecha de Prata, com chassi Scania B-76, e os Monoblocos O-326 HL, oriundos de uma compra de cessão feita junto ao controlador da antiga Rápido Serrano. Os monoblocos receberam o nome Flecha Azul.
  • Em 1968, desembarcam no Brasil três chassis Scania com motor traseiro, modelo BR-110, vindos da Suécia, para testes em companhias no Brasil. As empresas que testaram o ônibus foram a Cometa, a Penha, de Curitiba, na época pertencente à família Piccoli, e a Unida Mansur e Filhos, de MG. A carroceria era Ciferal Líder.
  • A partir dos anos 70, a maior parte da frota era de ônibus com carroceria de alumínio
Nos anos 80, a empresa decide operar apenas em distâncias dentro de um raio de 600 quilômetros a partir da cidade de São Paulo para melhorar a relação custo/benefício das viagens para a empresa.
Apesar de serem veículos mais caros, a Viação Cometa via vantagens na frota de veículos de alumínio. Além de a manutenção ser mais fácil, o veículo era mais leve e acabava gerando uma economia em motores e suspensões, já que o menor peso provocava menos desgaste dos componentes. Inicialmente os veiculos eram em sua maioria comprados da General Motors norte americana, mas na década de 60, com o fim das importações, imposto pelo governo federal na intenção de incentivar a expansão da indústria nacional, acabou-se buscando novas soluções para a renovação da frota. Em 1959 foram adquiridos monoblocos O-321 H e HL, com carrocerias em aço, pesadas e inviáveis para a operação da empresa. Estes acabaram tendo vida curta na companhia, sendo que no final da década de 60, não havia praticamente mais desses veículos operando pela Cometa.
Na metade da década de 60, uma encarroçadora de São Paulo, a Striulli, produzia carrocerias em alumínio que tinham design inspirados nos modelos norte-americanos da General Motors (GM) e aqui eram fabricados por sob licença da montadora americana, e acabou sendo eleita pela Cometa como sua nova fornecedora de carrocerias, à época. A Cometa teve em sua frota muitos ônibus desta encarroçadora, montados sob chassis Mercedes-Benz O-326, e também houve uma excessão de um chassi de monobloco O-321 que necessitou de encarroçamento e foi construído por esta encarroçadora, recebendo o prefixo 483, e o nome CURUMIN. Porém os chassis da Mercedes-Benz não ofereciam para a companhia o mesmo desempenho e relação custo x benefício dos ônibus da GM, e acabaram sendo descartados no começo da década de 70.
Em 1961, a companhia adquiriu o primeiro chassi Scania vendido naquele ano. Tratava-se de um modelo B-71, sueco, com mecânica similar à do caminhão L-71 Regent. O veículo foi usado em caráter de testes, sendo que satisfez e muito as expectativas da companhia com relação ao veículo. Em 1964 era oficializada de fato a parceria Cometa x Scania, com a aquisição dos ônibus Papo Amarelo, de numeração série 800. Eram veículos equipados com o chassi B-75, nacionalizado, com carroceria da Ciferal, outra nova parceira da Cometa, na época, e era toda construída em duralumínio. O veículo era impulsionado pelo motor Scania D-10, de aspiração natural, não turbinado, e tinha suspensão de feixes de molas. A parceria da Cometa com a Ciferal perdurou ao longo de décadas, até que em 1982, a Ciferal sofreu uma dura quebra, entrando em concordata e interrompendo bruscamente suas atividades.
Nesta parceria surgiram vários ônibus de sucesso, entre eles os CIFERAL Papo Amarelo, Flecha de Prata, Jumbo B, Jumbo C (Scania BR-110 Importado da Suécia, carro 2014), Jumbo G (GM ODC Reencarroçado) Turbo Jumbo (Motor turboalimentado – Todos estes Jumbos no modelo Ciferal Líder) e finalmente o Dinossauro, que foi apresentado no Salão do Automóvel de 1972, encarroçado sob o chassi BR-115 da Scania, totalmente nacionalizado. Em 1976 a Scania lançou o chassi BR-116, e a Ciferal também lançou modificações na frente e traseira do Dinossauro, abandonando elementos como parachoques de alumínio e vidros traseiros e incorporando traseira e parachoques em fibra de vidro. Embasado numa legislação de 1979, que permita veículos rodoviários num novo tamanho de até 13,20 de comprimento, surgiu o Dinossauro II, com seis janelas laterais, e mais poltronas, ao contrário das versões anteriores.
Em 16 de março de 1983, a Cometa começa a operar a C.M.A. – Companhia Manufatureira Auxiliar – e a produzir seus ônibus. Começou a série de veículos “Flecha Azul”, que foi até o Flecha Azul VIII. A linha tinha os mesmos traços do Dinossauro, porém com pequenas alterações estéticas interna/externamente, bem como redesenhadas as estruturas da carroceria.
Em 1984, surge o primeiro Flecha Azul Automático, prefixo 5223, com chassi BR-116 e caixa Scania eletro-automática, importada da suécia. O sucesso na operação deste veículo resultou no surgimento, ainda no final de 1984, da série 53, denominada Flecha Azul Automático.
Em 1985, surge o Flecha Azul II, com a pintura original que foi mantida inalterada pela empresa até 2003. Recebeu acréscimo de 20 cm em sua altura total e na altura do para-brisa, e incorporou nova disposição das poltronas, de modo que nenhuma destas ficasse alojada frente às colunas das janelas, para que os passageiros em sua totalidade pudessem disfrutar de boa visão para fora do veículo.
No ano de 1987, o Flecha Azul recebe nova traseira, com aumento de 3 para 4 lanternas em cada lado, novas lanternas sinalizadoras de direção na parte frontal e nas laterais, e novas lanternas “sinaleiras” superiores, na parte frontal e traseira do veículo.
Em 1991, o Flecha Azul incorpora o novo chassi K-113 da Scania. A posição da alavanca de câmbio passa a ser mais afastada do painel, sendo que a alavanca pode ser mantida em posição reta, ao contrário da alavanca do chassi K-112, que era curvada. Os bancos passam a ser de couro no encosto e courvin preto nas laterais e traseiras, e o ônibus recebe novos acabamentos internos, adotando o carpete cinza escuro como revestimento interno.
Em 1993, surge o Flecha Azul III. O veículo passa a ter seis janelas em sua extensão total, sendo que são retiradas as pequenas janelas seguintes à do motorista e da porta. O veículo passa a ter plenamente 46 lugares, todos com area envidraçada móvel previlegiada, sendo que nenhuma poltrona fica sem ter uma janela que possa ser aberta.
Em 1995 é apresentado o Flecha Azul IV, que mantém os itens do Flecha Azul III, e incorpora as rodas de alumínio para pneus com câmara, da Alcoa, na época um dos modelos mais caros de rodas em alumínio comercializados no Brasil. Em dezembro de 1995, o Flecha Azul passa a contar com um vidro inferior na porta, para auxiliar o motorista nas operações de estacionamento, com melhor visibilidade da calçada ou da plataforma.
Em 1996, surgem o Flecha Azul V, incorporando as inovações do Flecha Azul IV em sua última série. De carona, vem a série Flecha Azul VI Leito, com ar condicionado ecológico da Thermo King, o Thermo King Super D-3, de 110.000 btus, com controle eletrônico de temperatura. Foram 10 carros equipados com este ar, do carro 9000 ao 9009. A segunda versão, denominada Flecha Azul VI B leito, teve 15 carros, sendo numerados de 9010 à 9025, sendo que o último carro fabricado em 1996 foi o 9016.
Em 1997, surge a série Flecha Azul VII, a partir do carro 7119, com uma inovação: as novas poltronas de pistão à gás, com braços móveis, que eram fornecidas por outro antigo parceiro, a companhia Teperman de Estofamentos.
Em 1998, em razão do encerramento da produção do K-113 CLB, a CMA produziu o último Flecha Azul sob o prefixo 7455. O primeiro chassi K-124 IB 4×2, com motor de 360 cv, recebido para testes pela companhia, foi vestido com o Flecha Azul VIII, ganhando o prefixo 7500. Novo painel, seguindo os padrões da Scania, e nova disposição das grades de ventilação na lateral esquerda chamam a atenção neste carro. A tampa traseira não possuia fenestrações de ar, uma vez que no veículo era inexistente a presença de um ventilador de radiador.
Em 1999, a CMA produz seu último Flecha Azul, sob o prefixo 7501. O Chassi era o mesmo do 7500, com dois diferenciais: o chassi possuia câmbio automático Scania Opticruise, e o motor era de 420 cv, eletrônico. Por muitos anos, este foi o único ônibus no Brasil a ter este câmbio, e até hoje é o ônibus brasileiro com melhor relação peso x potência e rendimento em cruzeiro e serras, por ter a carroceria extremamente leve e potência de sobra.
Em 2000, a CMA lançou outro modelo diferente da família Dinossauro/Flecha Azul, sem o camelo dianteiro (a “caída” do teto na frente) e equipado com 3 eixos. O desenho do veículo rompia totalmente com o padrão americano herdado dos GM PD-4104 que os Dinossauro e Flecha Azul tinham, porém não abandonava o padrão de chapas rebitadas lateralmente. Embora não usasse mais chapas frisadas, o veículo tinha o DNA da CMA e da Cometa, e era pintado nas cores azul metálico e dourado, ostentando um desenho de um Cometa estilizado na lateral. O modelo era o CMA-Cometa, posteriormente apelidado dentro da empresa de “Estrelão”. O veículo fez sua viagem inagural em 29 de Abril de 2000, no horário das 06:00, com destino a Franca, interior de SP.
Em 2001, após saída de um dos herdeiros do Major Tito Mascioli da sociedade da empresa, a companhia acabou sendo adquirida pelo grupo JCA, controlador de empresas como Auto Viação Catarinense, Rápido Ribeirão Preto, Auto Viação 1001, entre outras empresas. A partir desta fase transitória de comando, a empresa passou a adquirir carrocerias da Marcopolo, um dos mais tradicionais fabricantes de carrocerias, sendo que a CMA continuou operando até o primeiro semestre de 2002, para concluir a produção dos Estrelões cujos chassis já se encontravam aguardando encarroçamento. Como a encarroçadora não havia sido incluída na negociação, continuou fornecendo apenas peças de reposição.
O fornecimento de chassis também foi alterado, havendo quebra da parceria de quase 30 anos de exclusividade com a Scania. Foram adquiridos na ocasião chassis Mercedes Benz O-500 R; Mercedes Benz O-400 RSD (para os Double Deckers); Chassis Volvo B-10 R (Duas unidades, que foram encarroçadas pela Irizar; hoje os ônibus encontram-se com a Catarinense), e Scania K-124 IB 8×2 (também para os Double Deckers). Nos anos seguintes, as aquisições se resumem: 2003 – Comprados chassis Scania para convencionais, Leito e Double Deckers; 2004 – Chassis Scania para executivos; 2005 – Chassis Scania para executivos e convencionais; 2006 – Chassis Mercedes O-500 RS para convencionais e executivos e Volvo B-12 R para Executivos e Executivos/Leitos (Double Class). No mesmo ano também foram adquiridos 8 chassis Mercedes Benz LO-915, encarroçados pela Marcopolo, para operação na linha Circular de Jundiaí – São Paulo (sem paradas em terminais rodoviários); 2007 – Chassis Mercedes Benz O-500 RS e RSD para Convencionais, Executivos, Executivos/Leitos (Double Class) e Leitos. Destes carros 2007, um chassi em especial é o veículo número 350
Uma nova Cometa
Após a aquisição da empresa pelo grupo JCA, toda a empresa foi renovada. A nova programação visual, apresentada em dezembro de 2002, é de autoria da arquiteta Gabriela de Toledo Martins, do escritório de arquitetura Missemota Arq’Design, de São Paulo. O projeto busca a manutenção das cores, deixando os tons pasteis, e passando a ser em cores vivas. A proposta apresenta uma foto do Cometa Halle Bopp voando no espaço, delimitado por uma faixa amarela ouro, que representa a luz solar. Após esta faixa, podem ser vistos um fundo azul escuro metálico, com desenhos de um mapa astral, na cor azul clara opaca. A grafia do logotipo Cometa também foi renovada, abandonando as palavras VIAÇÃO e S.A., enfatizando somente o nome COMETA, que é auto-substantivo da empresa.
Em novembro de 2002 teve início a reforma dos ônibus de três eixos CMA-Cometa, que receberam nova pintura e novo interior. Em 2004, foi a vez dos tradicionais Flecha Azul, que ganharam modificações frontais e traseira, com a nova proposta visual. No interior, as poltronas em couro legítimo vermelhas foram reformadas e substituídas por poltronas em tecido azul.
Em agosto de 2006, seguindo uma determinação da Artesp, começaram a ser pintados os ônibus que operariam fretamento no estado de SP. Com uma pintura mais simplificada, mesclavam a cor prata, já existente nos ônibus, uma grande faixa azul, e uma pequena faixa amarela, destacando o logotipo Cometa e a foto do Cometa Halle Bopp na traseira do veículo.



Casos em BH influenciaram recall de chassi

O acidente envolvendo o coletivo da linha 4031 (Santa Maria/hospitais) na Avenida Amazonas não é o primeiro e pode não ser o último causado pelo desprendimento do eixo traseiro em um ônibus do transporte coletivo de Belo Horizonte. Pelo menos outros dois casos semelhantes já haviam sido confirmados pela própria fabricante do ônibus – a Mercedes-Benz – em reportagem publicada pelo caderno “Vrum”, do Estado de Minas, em fevereiro de 2011. Na época, 13.400 unidades do chassi OF-1722, fabricadas entre julho de 2008 e setembro de 2010 – exatamente o modelo do veículo acidentado anteontem –, haviam sido alvo de recall do fabricante. Motivo: risco da quebra dos grampos das molas do eixo traseiro, levando à perda da dirigibilidade do veículo.

O reparo do problema consistia na verificação, aperto ou substituição dos parafusos que sustentam o conjunto mecânico das duas rodas traseiras. Manutenção que pode não ter sido feita corretamente no ônibus da linha 4031, embora o coletivo em questão, produzido em 2010, tenha passado pelo recall da marca, segundo o site da Mercedes-Benz. “Aquilo (o acidente) foi uma tendência natural de quebra de grampo do chassi. Só que todos os quatro grampos não se quebram de uma só vez”, alertou uma fonte ligada à marca, que preferiu não se identificar.

Segundo o especialista, para o eixo traseiro se soltar da carroceria de um ônibus é necessário que pelo menos os dois grampos presentes acima de cada roda se soltem. A mania dos motoristas de ônibus de BH de puxar a alavanca do freio de mão nas reduções de velocidade, em vez de frear normalmente – uma espécie de código de comunicação da categoria – também pode ter colaborado com o fato. “As peças não se quebraram no momento da batida. É bom notar também que o piso em Belo Horizonte está muito ruim, com muitos buracos. Os consórcios estão adquirindo ônibus maiores e mais longos, o que aumenta a fadiga da estrutura dos veículos na parte traseira. Isso exige um intervalo de manutenção menor. Talvez nem todas as empresas estejam cientes”, alerta. Procurada, a Mercedes-Benz não se pronunciou sobre o assunto. (BF)

Praticamente todos os ônibus novos que operam nas linhas municipais de Belo Horizonte são montados sobre o chassi de motor dianteiro OF-1722. O modelo para aplicações urbanas e rodoviárias da Mercedes-Benz também é o mais vendido no país e alvo de um recall que envolve cerca de 13.400 unidades produzidas entre julho de 2008 e setembro de 2010. Razão: risco de quebra dos grampos das molas do eixo traseiro, que, de acordo com o próprio fabricante, pode levar a perda da dirigibilidade do veículo.


Nas concessionárias da marca, os componentes da suspensão traseira estão sendo verificados e, em caso de necessidade, trocados. Um serviço que há algum tempo se tornou rotina em garagens da capital, onde ocorreram diferentes casos de soltura ou quebra do eixo do chassi. “Os grampos de mola do OF-1722 estão quebrando desde 2004. Na verdade esse recall é muito maior que o anunciado, que inclui apenas os ônibus em período de garantia. Na manutenção preventiva, era comum detectar um grampo quebrado por semana”, revela um funcionário de empresa de ônibus que não quis se identificar. 

Outra fonte ligada a transportes afirma anonimamente no blog Urbanos de Minas que a Mercedes-Benz demorou para reconhecer o problema. “Se desse torque demais no parafuso, ele quebrava por excesso de pressão. Se desse torque de menos, ele quebrava pela folga. Aí, não há empresa que aguente ficar conferindo parafuso toda noite na vala para o eixo do carro não soltar repentinamente na rua. Somente agora, depois de muita insistência, principalmente por parte de um empresário que foi até o presidente da Mercedes-Benz para discutir o problema e provar que a culpa era da Mercedes, é que ela reconheceu o erro e resolveu assumir o recall”, revela o anônimo.

A Mercedes-Benz reconheceu a existência de quebras do eixo traseiro do OF-1722 em Belo Horizonte, mas em somente dois ônibus urbanos. “Os veículos envolvidos foram fabricados depois de 2008 e reparados sem custo pela Mercedes-Benz. Reunimos-nos com empresários e sindicatos para discutir e achar uma solução para o problema, que consistiu na troca dos grampos de 18 milímetros por outros reforçados, de 20 milímetros, mais grossos. Não temos conhecimento de outras falhas em chassis produzidos antes do lote envolvido no recall”, alega o gerente de Pós-Venda da marca, Ronaldo Fontolan. 

Os chassis envolvidos no recall, que incluem o modelo OF-1721 exportado para a Guatemala, têm números de série não sequenciais de 9BM 384075 8B 610005 a 9BM 384078 BB 757912.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Ônibus clássico Flecha Azul é reformado para viagens pelo Brasil

Um grupo de passageiros que vai desembarcar na tarde deste sábado na Rodoviária de Belo Horizonte terá a sensação de ter feito uma viagem de volta aos anos 70 no trecho entre São Paulo e a capital mineira. Funcionários do terminal e outros motoristas também terão uma surpresa ao ver um clássico ônibus Flecha Azul, com pintura de época e condutor de quepe, manobrar nas plataformas do local.

Trata-se de um legítimo CMA prefixo 7455, que foi totalmente reformado e vai fazer viagens comerciais pelo Sudeste e Sul do Brasil para comemorar os 65 anos da Viação Cometa. Além de Belo Horizonte, que recebeu a viagem inaugural, o coletivo percorrerá em Minas trajetos para Juiz de Fora, Caxambu e Poços de Caldas. Serão 65 derradeiras viagens passando por outros destinos como Rio de Janeiro, Curitiba e cidades do interior paulista. O valor das viagens é o mesmo cobrado nos ônibus da frota em atividade. As passagens podem ser compradas no hotsite da Cometa.

O Flecha Azul é modelo 1976, mas ano 1999, sendo a última unidade produzida pela Companhia Manufatureira Auxiliar (CMA), fábrica criada pela Cometa para produzir os próprios veículos. Os antigos ônibus CMA Flecha Azul foram aposentados em 2008. Todo o projeto para ressuscitar o coletivo levou um ano, sendo três meses destinados à reforma completa, feita na garagem da própria empresa.


Ao final de cada viagem, uma miniatura do ônibus será sorteada entre os passageiros. Motorista e cobrador foram treinados para tirar dúvidas dos viajantes e usam uniforme retrô, que inclui até óculos Ray-Ban. Um concurso cultural vai premiar ainda outros admiradores com uma passagem e um almoço. Basta contar uma história envolvendo o ônibus na fanpage da empresa. Cerca de 50 já foram enviadas. As melhores ganham o prêmio.

“Mais simbólico que fazer uma festa ou evento é restaurar um ônibus que marcou a história da empresa. É uma oportunidade de convidar nossos clientes e entusiastas a comemorar conosco, viajando nesse ônibus”, afirma Anuar Helayel, diretor-executivo da Viação Cometa. Antes de pegar estrada, o veículo foi exposto no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.


O ônibus recebeu melhorias para as 65 viagens: ar-condicionado e teve as janelas coladas. O interior e cabine do motorista foram totalmente reconstruídos e os bancos dos passageiros receberam couro sintético vermelho. O painel de instrumentos também foi recuperado.

A lataria recebeu a pintura clássica da Cometa dos anos 70, com faixas azul e amarela e parte inferior com o alumínio exposto. No topo do coletivo, a logo antiga da empresa, bem como o conforto oferecido na época, “Suspensão a ar”. Na traseira, o histórico desenho do cometa Halley, iluminado por lâmpadas de LED. “Diferente do original, a pintura do modelo é metálica e ainda recebeu um polimento especial que deixou o alumínio com efeito de cromado”, explica Anuar. O valor do investimento não foi revelado.


Motor, suspensão e caixa de marchas também foram reformados. O propulsor ganhou acabamento cromado, mas manteve as configurações originais da última série dos CMA. “O trabalho foi quase todo feito na nossa oficina; apenas o estofamento e polimento ficou a cargo de uma empresa especializada. Queríamos fazer algo que realmente marcasse. Quem viajar se sentirá num ônibus zero quilômetro, mas com ambiente e atendimento de época”, ressalta o executivo.

Estilo Americano

O Flecha Azul possui chassi Scania K-113 CLB 360 e motor DSC133b01. Trata-se de um seis cilindros em linha com potência de 360 cavalos e injeção direta de diesel, capaz de chegar até os 125 km/h. O consumo é de aproximadamente 3 km/l, mas com autonomia de até 1200 km, graças ao tanque com capacidade para 470 litros de combustível.



O ônibus tem câmbio manual G777, de seis marchas e direção hidráulica. O para-choque é de fibra de vidro O comprimento é de 13,2 metros por 3,62 de altura. O peso do Flecha Azul é 11 toneladas.

A lataria do veículo é em duralumínio, uma solução para deixá-lo mais leve, poupando motor e freios, mas mantendo a resistência. O Flecha Azul segue o design dos ônibus americanos dos anos 60 e 70, com a depressão entre a cabine do motorista e a fila de bancos de passageiros. O estilo marcou época e caiu na memória afetiva dos amantes dos ônibus.



Após as viagens, o último Flecha Azul será aposentado e passará para o acervo da empresa. “Estamos muito certos do sucesso da campanha, pois recebemos muitos elogios nas redes sociais e em grupos de busólogos. Na apresentação que fizemos no Terminal do Tietê, em São Paulo, distribuímos mais de dez mil panfletos e o ônibus foi fotografado por muita gente”, comemora Anuar.

A Cometa surgiu em 1948 em São Paulo. Nos anos 50 e 60 ficou conhecida por utilizar ônibus americanos da General Motors. Com as dificuldades de importação na década de 70, optou por construir os próprios ônibus, mantendo o mesmo estilo. Mais de dois mil Flecha Azul foram fabricados. Em 2002 a empresa foi vendida para o Grupo JCA, que controla outras empresas de transporte na região Sudeste.




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

BRT de Belo Horizonte só terá ponto final em 2020

Etapa atual, que deve ficar pronta para a Copa, terá 25 quilômetros, mas meta é expandir modelo até o fim da década, quando a rede está projetada para atingir 160 quilômetros.

A Copa do Mundo de 2014 não marcará o fim da implantação da primeira fase do Move, nome oficial do sistema de transporte rápido por ônibus de Belo Horizonte, que tem programação para se estender por outros corredores da capital mineira até o fim da década, quando tem projeção para atingir seis vezes a extensão inicial. Ao custo estimado de R$ 5,5 bilhões, o projeto prevê um complexo de 160 quilômetros até 2020 e depende ainda de intervenções como a duplicação do Anel Rodoviário da capital. A primeira fase deve ter 25 quilômetros implantados até 2014, com investimento de R$ 850 milhões, mas só vai terminar completamente em 2015, quando dois viadutos exclusivos para coletivos serão construídos. Uma dessas estruturas ligará as avenidas Pedro I e Vilarinho, permitindo o deslocamento até a Estação Venda Nova. A outra será próxima à Alça Leste do Complexo da Lagoinha, com acesso pelo Bulevar Arrudas, entre as ruas Rio de Janeiro e Carijós. A etapa do Move entregue até a Copa do Mundo, prevista para começar a operar entre abril e maio do ano que vem, terá tráfego misto e organizado por semáforos nessa parte do Complexo da Lagoinha e no acesso entre Vilarinho e Pedro I.

                                



Ontem, a BHTrans apresentou oficialmente o nome Move para sistema de transporte de massa e as cores em tons de verde que serão usadas nas estações e nos veículos. A logomarca que representará o Move será um “M” estilizado em forma de curvas integradas dentro de um hexágono. Tanto as cores quanto o nome foram antecipados em abril pelo Estado de Minas, que ontem revelou o itinerário das 137 linhas que substituirão percursos atuais do sistema BHBus. Dos bairros para as estações José Cândido da Silveira, Pampulha, São Gabriel, Venda Nova e Vilarinho virão 78 linhas alimentadoras. Dos terminais, os passageiros poderão embarcar em 27 linhas chamadas troncais, que levam ao Centro e a outras regiões da cidade.


Quatrocentos ônibus articulados – 200 gerenciados pela BHTrans e 200 metropolitanos, do sistema da Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop), estes com tons de laranja – circularão nos corredores exclusivos e em certas vias da cidade. Nas pistas exclusivas do Move os passageiros poderão embarcar e desembarcar em 46 estações de transferência, que já estão sendo montadas. As instalações em metal e vidro têm bilheterias para compra de cartões de passagens únicas ou com mais créditos, além de portas niveladas com os acessos aos ônibus que dispensam escadas. Ao longo das avenidas projetadas para o sistema poderão ser agrupadas até duas estações de transferência lado a lado, sendo uma para as linhas municipais e outra para as metropolitanas. “Não haverá, ainda uma integração total das linhas da BHTrans com as da Setop, em razão de não termos integração tarifária”, destacou o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. De acordo com ele, a integração das tarifas do cartão BHBus (BH) e do cartão Ótimo (metropolitano) deve ser planejada e pode ocorrer depois da Copa do Mundo de 2014.






Ainda não foi definido qual corredor começará a operar primeiro. As obras estão programadas para terminar até 31 de dezembro, segundo a BHTrans. Em seguida, o cronograma prevê, segundo o diretor-presidente da empresa municipal, um mês de testes operacionais nos corredores e pelo menos mais três meses de substituição gradual das atuais linhas pelas que integram o novo sistema de corredores e estações. Os terminais Pampulha e São Gabriel, que estão sendo construídos a partir do zero, é que definirão qual corredor começará a operar o Move, por fecharem cada uma um circuito. “Se a estação Pampulha ficar pronta primeiro, começamos a testar o corredor Antônio Carlos. Se for a São Gabriel, que teve de ser toda demolida e será refeita, começaremos pela Cristiano Machado”, afirma Ramon Victor Cesar.


Com a entrada em operação do Move, a expectativa da BHTrans é que 700 mil passageiros do BHBus sejam imediatamente atendidos, mas a capacidade máxima instalada poderia atender pouco mais de 1 milhão de pessoas, segundo a empresa. Nos horários de pico, a intenção é de ter intervalos máximos de 2 minutos para cada linha dos corredores exclusivos e cerca de 5 minutos nos demais horários. Isso é fundamental para não superlotar as estações de transferência, que são menores e não contam com equipamentos como banheiros. A ocupação calculada para esses espaços é de duas pessoas por metro quadrado, medida que chega a ser três vezes maior que a tolerância prevista em contrato para a acomodação dos passageiros nos ônibus atuais.






O que nos interessa


Modelo cria tarifa menor


Quem vier dos bairros por linhas de ônibus alimentadoras e descer no meio do caminho ou em uma das estações de integração – José Cândido da Silveira, Pampulha, São Gabriel, Venda Nova e Vilarinho – pagará uma passagem menor, estimada hoje em R$ 1,90. Passageiros que ingressarem nos corredores exclusivos e que poderão trocar de ônibus para seguir viagem nas 27 linhas troncais que vão ao Centro e a outras regiões pagarão valor cheio da passagem, atualmente de R$ 2,65. O usuário que estiver dentro dos corredores exclusivos do sistema e quiser mudar de ônibus não pagará nada a mais por isso.

Metrô da capital poderá circular com mais 2 mil lugares no horário de pico

             Passageiros que utilizam o metrô da capital mineira e região metropolitana poderão ter um alívio na superlotação durante as viagens. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) estuda circular com trens acoplados nas composições nos horários de pico. A solução aumenta mais quatro vagões e a capacidade em cerca de 2 mil lugares. Nesta terça-feira, foi realizado o segundo teste com este modelo.
            O estudo ainda está em andamento e ainda não tem data para a medida entrar em funcionamento. Técnicos avaliaram nesta tarde, segundo dia de testes, a performance do trem duplo, o comportamento dos usuários, reflexos nas estações e nas rotinas das equipes da operação. Também foi verificado o funcionamento dos sistemas das composições, como freios, conjunto pneumático, portas, iluminação interna e externa, entre outros.
             De acordo com CBTU, o desempenho foi considerado satisfatório e alguns usuários elogiaram a circulação da composição dupla.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Jogo Cruzeiro x Flamengo/RJ - Mineirão - Serviço Especial de Ônibus

INÍCIO PREVISTO: 14/08/2013 00:00 TÉRMINO PREVISTO: 22/08/2013 00:00A BHTRANS implanta nesta quarta-feira, dia 21/08/13, serviço especial de transporte coletivo para o jogo  “CRUZEIRO X FLAMENGO/RJ”, que será realizado no Mineirão a partir das 21h50min. O serviço especial de transporte coletivo será executado por ônibus convencionais e ônibus executivos, conforme descrito a seguir:
1) Ônibus Convencionais - Contará com uma frota de 12 ônibus que sairão da Rua Rio Grande do Sul, entre Rua dos Tupis e Rua dos Tamoios, na Área Central, a partir das 19h.
O preço da passagem dos ônibus da Área Central é de R$ 2,65 (dois reais e sessenta e cinco centavos). Vale lembrar que o Cartão BHBUS não pode ser utilizado nas viagens do transporte especial para os jogos no Mineirão. Por razões de segurança, os validadores da bilhetagem eletrônica são retirados dos ônibus. Além dos validadores as empresas poderão retirar: lixeiras, espelhos retrovisores internos, cordões de campainhas, dentre outros, desde que não sejam equipamentos obrigatórios exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro e que sejam recolocados nos veículos quando da entrada  em operação normal em sua linha.
A BHTRANS orienta que os torcedores utilizem, preferencialmente, o transporte coletivo. Além do serviço especial, as seguintes linhas do transporte coletivo também atendem ao Mineirão:
- 2004 (Bandeirantes /Pilar via Olhos D’água);
- 5401 (São Luiz /Dom Cabral);
- 64 (Estação Venda Nova /Santo Agostinho via Carlos Luz );
- Circulares 503 e 504 (Santa Rosa /Aparecida /São Luís);
- Suplementares 51 e 52 (Circular Pampulha), 53 (Confisco /Pampulha /São Gabriel), 54 A e 54 B (Dom Bosco /Shopping Del Rey );
Com relação à linha 2004 – Bandeirantes  / Pilar via Olhos D’água, seu itinerário será alterado a partir das 18h e enquanto houver necessidade, conforme segue:
Sentido Bandeirantes / Pilar via Olhos D’água:
..., Av. Dr. Otacílio Negrão de Lima, Av. Alfredo Camaratti, Av. Presidente Carlos Luz retorno na Praça USIMINAS, Av. “C”, Av. Antônio Abrahão Caram(a direita),...
Tão logo o jogo seja encerrado e o trânsito no entorno normalizado, a linha deverá retornar ao seu itinerário normal. Ao longo do desvio os operadores deverão parar para embarque/desembarque onde o usuário solicitar, desde que não desobedeçam as leis de trânsito. O consórcio deverá afixar cópia deste comunicado dentro do veículo e no ponto de controle (PC), em local visível, tanto para os operadores quanto para os usuários, durante todo o período.
2) Ônibus Executvos - Será criada a Linha Especial TERMINAL SAVASSI – LINHA EXECUTIVA, com uma frota de 11 veículos. O valor da tarifa de ida e volta será de R$15,00 (quinze reais). O itinerário e quadro de horário da linha especial deverão ser programados, conforme especificado abaixo:
Saída Terminal Savassi I: Rua Paraíba entre Rua Antônio de Albuquerque e Ave. Getúlio Vargas, a partir das 18h30min.
Itinerário:
Sentido Terminal Savassi II / Terminal Mineirão:
Rua Paraíba/ Av. Getúlio Vargas/ Rua dos Inconfidentes/Rua Prof. Morais / Av. Afonso Pena / Rua Pernambuco/ Alameda Ezequiel Dias / Av. dos Andradas / Av. do Contorno / Viaduto Leste / Av. Pres. Antônio Carlos(bus way) / Viaduto José de Alencar / Av. Abrahão Caram.
Ponto de Desembarque no Mineirão: Av. Abrahão Caram com Av. “C”.
Ponto de Embarque para retorno ao Centro (30 minutos após o final do jogo): Av,. Abrahão Caram, entre Av. C  e portaria da UFMG  ( sentido Av. Pres. Antônio Carlos).
Observações:
1. Os veículos deverão ser padrão executivo da BHTRANS.
2. Crianças até 5 (cinco) anos no colo não pagam passagem;
3. O cartão poderá ser adquirido na TRANSFÁCIL da Av. Professor Morais. Esse cartão servirá posteriormente para novas recargas.
4. A venda de passagem será somente antecipada. O usuário poderá adquirir a passagem com o cartão de bilhetagem eletrônica específica para o evento.
ESTACIONAMENTO NAS VIAS NO ENTORNO - O entorno do Mineirão terá área de estacionamento para os torcedores. As pistas externas das avenidas Abrahão Caram, Cel. Oscar Paschoal, Carlos Luz e C estarão disponíveis para estacionamento, porém alguns trechos serão reservados para vagas para transporte coletivo especial, pontos de táxi e veículos de imprensa.  Não será possível estacionar nas pistas internas que são dedicadas ao acesso/saída do estacionamento do estádio. Desta maneira, os torcedores devem ficar atentos e respeitar a sinalização de trânsito.
Faixas de pano serão afixadas para orientar os motoristas e pedestres. Agentes da Unidade Integrada de Trânsito, BHTRANS e PMMG, e Guarda Municipal irão operar o trânsito na região. Informações sobre o trânsito e o transporte coletivo podem ser obtidas na Central de Relacionamento Telefônico da Prefeitura de Belo Horizonte, pelo 156.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Interdição noturna na Paraná para obras do BRT

Informamos que, dando continuidade das obras do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) no Hipercentro, executadas pela SUDECAP, a partir de segunda-feira, dia 19/8, de segunda a sexta-feira, das 20h30 às 6h, será realizada a interdição noturna da Avenida Paraná, em ambos os sentidos. Com a alteração o tráfego de ônibus será desviado e novos pontos serão implantados para atender os usuários. A previsão de conclusão das intervenções seguirá o cronograma de obras da SUDECAP.

No período diurno, das 6h às 20h30, continua em operação o tráfego em contra fluxo, em vigor desde o dia 22/7.

Os locais estão sinalizados com faixas de tecido para orientação aos condutores. Agentes da Unidade Integrada de Trânsito, BHTRANS e PMMG, e Guarda Municipal irão operar o tráfego na região. Para a segurança de todos, a BHTRANS orienta os motoristas a redobrar a atenção e respeitar a sinalização implantada e as orientações dos agentes de trânsito durante a operação.


OBRAS E SISTEMA BRT - Nessa etapa serão realizadas obras na Avenida Paraná. Com as intervenções, parte da cidade sentirá os efeitos das mudanças, mas num futuro bem próximo toda a população irá desfrutar das melhorias que o BRT trará. De início, serão 700 mil pessoas beneficiadas diariamente pelo sistema. O objetivo é que, optando pelo BRT, o usuário diminua em até 50% o tempo de viagem realizado atualmente.

INTERVENÇÕES

A partir das de segunda-feira, dia 19/8, de segunda a sexta-feira, das 20h30 às 6h:

- Interdição noturna total da Avenida Paraná, ambos os sentidos.

TRANSPORTE COLETIVO

As linhas do transporte coletivo terão seu itinerário desviado, durante o horário de fechamento. Veja os seguintes itinerários de acordo com os horários.

Horário Integral

Linha 9031 – Rua Padre Belchior, Av. Amazonas, Rua Santa Catarina, Rua dos Tupis, Av. Olegário Maciel, Rua Paulo de Frontin, Rua Saturnino de Brito, Rua 21 de Abril, Av. do Contorno com PEDs na Rua dos Tupis entre Rua dos Guaranis e Av. Olegário Maciel e Av. Olegário Maciel entre Rua dos Carijos e Rua dos Tupinambás.

Linha 1145 – Rua São Paulo, Rua dos Tamoios, Rua Curitiba com PED na Rua São Paulo entre Rua dos Goitacases e Rua dos Tupis.

Linha 2208B, 2234A, 2256A, 2215ABD e 62 Noturno – Rua Padre Belchior, Av. Amazonas, Rua Espírito Santo, Rua dos Guaicurus, Viaduto Nansen Araújo com PEDs na Av. Amazonas entre Rua dos Tamoios e Av. Afonso Pena, Rua Espírito Santo entre Av. Amazonas e Rua dos Caetés e Rua dos Guaicurus entre Rua Rio de Janeiro e Rua São Paulo

Linha 5502ABC – Rua Padre Belchior, Av. Amazonas, Rua Espirito Santo,  com PEDs na Av. Amazonas entre Rua dos Tamoios e Av. Afonso Pena, Rua Espírito Santo entre Av. Amazonas e Rua dos Caetés

Mudanças de Pontos

Os pontos da Avenida Paraná localizados no passeio funcionam no canteiro central, das 6h às 20h30, e das 20h30 às 6h, nos locais indicados para ponto noturno. Veja abaixo:

Linhas de ônibus BHBUS são alteradas na Estação Vilarinho

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) fez, nesta sexta-feira (16), a transferência de 22 linhas municipais do Setor Norte para o Setor Sul da Estação BHBUS Vilarinho. A mudança ocorre por causa das obras de implantação do Sistema Rápido por Ônibus (BRT, sigla em inglês), que passou a ser chamado de Move. Com a alteração, as linhas metropolitanas permanecem operando Setor Norte e terão as plataformas remanejadas. Segundo a assessoria, 20 mil pessoas passam nos dias de semana na Vilarinho. No fim de semana o número aumenta para 30 mil usuários.
Monitores da BHTrans e faixas de pano vão orientar os usuários sobre os acessos ao Metrô e os locais dos pontos de embarque e desembarque no Setor Norte. A empresa alerta para a importância dos usuários da Estação BHBUS Vilarinho redobrarem a atenção à sinalização implantada.

5506B - Ribeiro de Abreu via Conjunto





quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Prefeitura antecipa divulgação do Move e mapa das novas linhas de BH

Desenvolvida em tons de verde, a logomarca leva à noção de vias interligadas. Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, o nome foi escolhido justamente para dar a noção de "deslocar, movimentar e progredir". É o que todo usuário acostumado com os ônibus de BH espera do serviço, classificado pela BHTrans como "eficiente, de alta capacidade e alta qualidade, operado de forma semelhante ao metrô".


A BHTrans também divulgou o mapa das linhas criadas para o percurso. Serão 136 linhas em operação. As que foram desmembradas, como a 80 (Estação São Gabriel / Lagoinha), vão ter números próximos para evitar confusão entre os usuários (82, 83 e 84, por exemplo).


A previsão é que o sistema atenda a 700 mil usuários por dia. Serão corredores com 23,1 km de extensão (14,7 na Antônio Carlos, da Estação Venda Nova ao Centro, 7,1 km na Cristiano Machado da Estação São Gabriel ao Centro e 1,3 km no hipercentro, entre as avenidas Paraná e Santos Dumont), com distância de 400 metros entre cada estação.

Notícias sobre BRT de Belo Horizonte

Prefeitura Define que BRT de Belo Horizonte se chamará MOVE

MOVE é o nome que a Prefeitura de Belo Horizonte escolheu para batizar o BRT (Transporte Rápido por Ônibus) na capital mineira. O nome foi mencionado no Diário Oficial do Município pelo primeira vez nesta quarta-feira (7).

A PBH não pretendia antecipar a divulgação do MOVE, mas isso foi necessário para poder lançar o edital para criação de peças de identidade visual para as estações. Após uma série de atrasos e destruição de trechos prontos, o serviço deve começar a operar no início de 2014.
A abertura de concorrência para as empresas foi lançada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura nesta quarta-feira (7). O edital deve ser publicado na página da prefeitura ainda nesta tarde, segundo a secretaria, e prevê que as propostas serão julgadas no dia 12 de setembro de 2013 às 9h. As interessadas em participar devem depositar R$ 30.924,00 até o dia 9 de setembro como garantia.

Segundo o documento, as empresas vencedoras devem prestar "serviços de confecção e instalação de elementos de comunicação visual nas estações de transferência do BRT (Bus Rapid Tansit), denominado MOVE, nos espaços de relacionamento com o público usuário, através de sinalização informativa, direcional e locacional."

A abertura de licitação é assinada pelo secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Lauro Nogueira Terror. A BHTrans foi procurada para explicar a escolha do nome e a antecipação de sua divulgação, mas o diretor indicado para entrevistas só deve se pronunciar na quinta-feira (8).

Obra do BRT reduz a rua Curitiba em 50%

A rua Curitiba, no trecho entre a avenida Afonso Pena e a rua dos Guaicurus, no centro de Belo Horizonte, terá menos espaços para carros e ônibus a partir de quarta-feira (3).
Por causa de obras do BRT(Transporte Rápido por Ônibus), uma faixa de estacionamento e uma faixa de circulação serão interditadas - o que corresponde a 50% do espaço habitual.
A BHTrans indica como opção de desvio a rua Espírito Santo, para motoristas que seguem para as avenidas do Contorno ou Antônio Carlos.
Nesta etapa de implementação do BRT são executadas obras entre a Santos Dumont e a Curitiba. Segundo a prefeitura, o sistema vai atender a 700 mil pessoas diariamente, com possibilidade de redução do tempo de viagem em até 50%.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Novo aplicativo permitirá calcular espera por ônibus

Nova aposta para a acessibilidade dos cegos, sistema já está sendo testado promete beneficiar todos os passageiros, o que surgiu como uma promessa de melhoria no acesso dos cegos ao transporte coletivo pode acabar se tornando um benefício a todos os usuários de ônibus de Belo Horizonte. Trata-se do BusAlert, um novo aplicativo que já está sendo analisado pela BHTrans.
A tecnologia se baseia no sistema de GPS para mapear a localização dos veículos, informarem o tempo chegada até um determinado ponto e calcular qual dos coletivos chegará primeiro ao local.
Se, por um lado, o programa promete ser o mais barato e eficiente para a acessibilidade dos deficientes visuais, por outro, aparece como um "quebra galho" eficaz para os demais usuários enquanto a instalação do programa SITBus não é concluída pela BHTrans - a meta é que, até o ano que vem, todos os pontos tenham os painéis eletrônicos funcionando.
"O aplicativo se conecta ao GPS instalado nos ônibus. Só é necessário que os coletivos tenham o programa nos computadores de bordo para que o sinal dê o alerta ao motorista quando tiver um cego no ponto", explica Antônio José de Paulo, integrante do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência.
O sistema foi aprovado pelo consultor em acessibilidade do conselho Antônio Carlos da Silva, convidado a testar o aplicativo em São Carlos (SP), onde a tecnologia já foi adotada pela prefeitura.
"Será positivo, porque nós (cegos) só vamos gastar com o smartphone. Além disso, também vai beneficiar as pessoas que enxergam", opina.
Como funciona o sistema BusAlert

Em outubro de 2012, a BHTrans iniciou testes com um grupo de 20 cegos para a instalação de outro sistema, o DPS2000, mas o projeto já está fora dos planos. A tecnologia funcionaria por meio de rádio-frequência e custaria R$ 390,00 para cada usuário, além do custo de instalação, que é de R$ 1 mil por coletivo.
Sistema DPS2000 em testes