A exclusão dos agentes de bordo é realidade desde setembro de 2012 e vale para o período noturno, domingos e feriados. Ela surgiu após a mudança feita pelo vereador Moamed Rachid (PDT) no projeto inicial, que limitava a permissão ao Move. Para corrigir a distorção, mesmo tendo sancionado o texto anterior, o prefeito Marcio Lacerda enviou uma nova proposta ao Legislativo.
Mais uma vez, os parlamentares mudaram a ideia original. Além de ignorar a proposta da prefeitura, eles usaram o projeto para liberar a exploração da publicidade no Move, até mesmo nos relógios digitais instalados nas estações. O líder de governo na Câmara Municipal, vereador Wagner Messias, o Preto (DEM), foi o responsável por propor a mudança. O texto não esclarece, no entanto, para onde iria o dinheiro arrecadado, quem o administraria, nem se há a possibilidade de os recursos serem usados para reduzir a passagem – isso pode ser feito já no projeto ou por meio de regulamentação da prefeitura, após a sanção da proposta.
AMEAÇA. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH), 95% das linhas já circulam sem agentes entre 23h e 5h. Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) confirma que algumas linhas circulam sem cobradores nesse horário, mas não informa quantas são.
O outro lado. A justificativa para a proposta da prefeitura – que limitava a exclusão dos agentes ao Move – ter sido barrada foi o baixo número de vereadores durante a votação, realizada em um domingo, às vésperas do Revéillon. Pelo menos essa foi a explicação dada ontem pelo vereador Preto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário